Raios de sol brincavam através da cortina clara do meu quarto. Pensei em dezenas de palavras que rimam para descrever como estava me sentindo... Sou uma pseudo-poeta, sabe?! Quero transformar tudo em poesia ou pelo menos em uma boa frase, pena que meus pensamentos são passageiros, fogem muito rápido. Mas, para sua sorte e seu entretenimento, você vai ter acesso a todos os meus pensamentos no momento exato em que os pensei.
Bom, como qualquer outro dia, levantei da cama já cansada e contando os segundos para voltar pra ela. Ao acordar, lembrei do sonho. O mesmo sonho que eu estava tendo há uma semana - o rapaz com cabeça de elefante e a placa. Não ria. Eu só não conto o sonho agora porque isso acabaria com metade da graça de tudo isso, então só digo: Não ria. Não será engraçado.
Desci as escadas depois de colocar meu uniforme e encontrei meu pai fazendo café, murmurei um ‘Bom dia, pai’ ao que ele respondeu com um bocejo. Eu e meu pai definitivamente não somos pessoas matinais então não o culpo por isso.
Somos muitos parecidos, sabe?! Eu e meu pai. Todos dizem que eu tenho o rosto da minha mãe, mas meus hábitos e meus pensamentos, ah, esses são muito mais parecidos com o do meu pai.
Somos muitos parecidos, sabe?! Eu e meu pai. Todos dizem que eu tenho o rosto da minha mãe, mas meus hábitos e meus pensamentos, ah, esses são muito mais parecidos com o do meu pai.
Tomei uma boa caneca do café forte que ele fez, terminei de me arrumar e fui pra escola. Alguns dias a escola parece um borrão... Você entende o que eu quero dizer? Parece que você chega, senta na sua carteira, ouve o que os outros dizem, fala o que tem que falar, mas no final da tarde você não lembra de nada. Nada. É um tempo em aberto, parece que nessa parte da manhã você estava em piloto automático, ou pior... Que outra pessoa tomou o seu lugar! Aliás, seria legal isso, não?! Se você pudesse colocar outra pessoa em seu lugar em situações constrangedoras ou chatas. Alguém como você. Ninguém perceberia se você se substituísse. Um clone perfeito. Faz sentido? Ah, provavelmente não... Mas a maioria dos nossos pensamentos não faz sentido, não é verdade? Afinal, o que seria de nós se não pensássemos no impossível?
Ah sim, escola igual a borrão. Às vezes. Hoje foi assim. Foi assim porque eu estava com a cabeça no sonho. E eu não estava com um bom pressentimento sobre ele. Na primeira noite, eu só fiquei confusa. Mas nas noites seguintes quando o sonho veio de novo me incomodar, eu fiquei pensando... E pensando... E pensei que estava pensando muito sobre ele, então decidi que tinha que parar com isso.
Por esse motivo é que aceitei sair com as meninas à tarde. Voltei pra casa e tentei estudar, já que estou perto de me formar, os vestibulares estão me esperando e meu pai está muito animado com a minha idéia de fazer faculdade de medicina, assim como ele fez. Mais tarde, saí com as garotas, tomamos sorvete, falamos de nada e demos muita risada como sempre, mas mesmo isso passou em um borrão.
Quando deitei na minha cama já pronta pra dormir, quase acreditei que rezar pra Deus ou fazer qualquer coisa iria me poupar de ter aquele sonho mais uma vez. E pela primeira vez rezei. Se adiantou? Pois é, não queridinho, não deu certo. Sonhei de novo.
Levantei cansada. Mais cansada do que o usual, parecia que tinha corrido uma maratona quando acordei. Mecanicamente, coloquei meu uniforme e desci as escadas.
Quando cheguei no andar de baixo percebi que estava tudo muito quieto. Sem barulho da cafeteira fazendo café e sem a televisão informando as notícias da manhã. Então subi novamente assumindo que meu pai tinha perdido a hora e entrei em seu quarto. Mas não, a cama dele estava desfeita.
Desci de novo. Encontrei meu pai amarrado na cadeira da cozinha. Um rapaz loiro com olhos verdes estava segurando uma arma perto dele, enquanto outro que não parecia ter mais do que 20 anos, com os cachos escuros definidos olhava fixamente para a cafeteira como se olhando para ela o café apareceria magicamente. Quase dei risada dessa cena, mas meu pai estava amarrado na cadeira da cozinha E UM CARA ATRÁS DELE TINHA UMA ARMA NA MÃO.
Desci de novo. Encontrei meu pai amarrado na cadeira da cozinha. Um rapaz loiro com olhos verdes estava segurando uma arma perto dele, enquanto outro que não parecia ter mais do que 20 anos, com os cachos escuros definidos olhava fixamente para a cafeteira como se olhando para ela o café apareceria magicamente. Quase dei risada dessa cena, mas meu pai estava amarrado na cadeira da cozinha E UM CARA ATRÁS DELE TINHA UMA ARMA NA MÃO.
obs.: TUDO ficção hein, galerinha.
obs.2: Eu sou adepta ao movimento 'DANÇA DIOGO'.
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